No mês de março nossa biblioteca  recebeu o baú itinerante referente ao  projeto Veredas da Leitura, parceria com  Sabic. Os  leitores estão surpreendidos com muita curiosidade e alegria em ver os livros que vieram no baú.


Visite nossa biblioteca: Rua Alípio de Melo - 774 - Jardim Montanhês
A Fundação Municipal de Cultura (FMC) com o projeto “Belo Horizonte, cidade leitora” entregou ontem a doação com uma caixa de livros na Biblioteca Comunitária Além das Fronteiras, do bairro Cabana.
As bibliotecas comunitárias foram escolhidas considerando sugestões da SABIC - Associação de Amigos das Bibliotecas Comunitárias de Belo Horizonte e da Associação Cultural Teia de Textos.

Cada biblioteca comunitária recebeu cerca de 400 livros.
A Biblioteca Comunitária Além das Fronteiras a fim de divulgar na comunidade o seu espaço realizou o evento com o Grupo de Percussão do Projeto Vivendo e Aprendendo pelas ruas da região.
Foi confeccionada uma fantasia especial para a ocasião pela funcionária Aparecida Lelis e a mediadora de leitura Rita de Cássia se transformou em Mulher Livro. Foi muito animado!!!
A SABIC (Associação dos Amigos das Bibliotecas Comunitárias) realizou a entrega do Baú Itinerante na Biblioteca Comunitária Além das Fronteiras, do bairro Cabana. O baú possui um acervo 200 livros (infantis, juvenis, adultos) e o mesmo ficará na Biblioteca até junho.
O escritor Rubem Alves irá lançar seu mais novo livro no dia 23 de março, dentro da proposta inovadora e democrática do projeto "Sempre um Papo". "Variações Sobre o Prazer – Santo Agostinho, Nietzsche, Marx e Babette" é o título do livro e na obra, "o leitor se descobrirá caminhando ao lado de Santo Agostinho, do revolucionário Marx, do filósofo Nietzsche e da cozinheira Babette. Personagens, reais ou fictícios, que viveram desfrutando o que acreditavam. E, de acordo com Rubem Alves, eles têm muito a nos inspirar."
Lançamento do livro “Variações sobre o prazer” com Rubem Alves
23 de março
19h30
Local: Grande Teatro
Informações: (31) 3236-7400


Hoje a grande escritora Tatiana Belinky está completando 92 anos de idade. Tatiana nasceu em Petrogrado, atualmente conhecida como São Petersburgo. Devido à perseguição aos judeus na Rússia Soviética, a família Belinky, que era judia, resolveu se mudar para o Brasil, chegando a São Paulo em 1929. 

Tatiana trabalhou por muitos anos em adaptações de histórias infantis para o teatro juntamente com seu marido. Seu trabalho nesse campo foi um grande sucesso e Tatiana foi parar na televisão, na direção de programas infantis, sendo o mais famoso deles a primeira adaptação de "O Sítio do Picapau Amarelo", de Monteiro Lobato. 

Atuou por muito tempo como tradutora literária, e traduziu mais de 80 livros do russo, alemão, inglês e francês. Entre os textos que traduziu e adaptou estão obras de autores como Dostoiévski, Tolstói, Gorki, Gogol, Turgueniev, Goethe, Brecht, Irmãos Grimm e Lewis Carroll. Sua especialidade sempre foi a literatura infantil russa, ajudando a divulgar a cultura russa entre crianças e adolescentes. 

Em 1985, começou sua atividade como autora de livros infantis, publicando sua primeira obra em 1987 com o título Limeriques (poesias). Desde então, não parou de produzir poesia, prosa, ficção e livros didáticos. Grande parte dessa prolífica produção de cerca de 100 livros tem o público infanto-juvenil como alvo. Recentemente, tem publicado livros de crônicas e memórias.

Tatiana Belinky é autora premiada em literatura e teatro. Recebeu o Prêmio Mérito Educacional em 1979, e o Prêmio Jabuti de Personalidade Literária do Ano em 1989, entre outras premiações. Na área de tradução, recebeu o Prêmio Monteiro Lobato de Tradução em 1988 e 1990. Em 1994, deixou de atuar como tradutora, mas não abandonou, entretanto, sua atuação como escritora.


E confira abaixo uma entrevista com a autora que vem encantando crianças e adultos com sua escrita mágica e inteligente! 



No mês de fevereiro aconteceu o 1º Seminário de Disseminação de Leitura Literária "A Importância da Biblioteca Comunitária, realizado por nós, integrantes do Pólo de Leitura "Sou de Minas, Uai", evento que veio como fechamento das atividades de um ciclo do programa "Prazer em Ler", do Instituto C&A de Desenvolvimento Social e como uma ação de reconhecimento e junção de novas alianças para a temática do projeto. Navegando AQUI pelo nosso blog você poderá encontrar detalhes sobre esse acontecimento.

E HOJE acontecerá o  Seminário de Leitura do Pólo "Ler & Ler", que atua no município de Betim. O evento será gratuito e aberto ao público. Os palestrantes convidados serão: Anderson de Oliveira (escritor), que falará sobre a importância do livro, o processo de produção e suas etapas, até chegarem as mãos dos leitores, livrarias e bibliotecas. O outro convidado é o ilustrador Walter Lara, que irá discutir sobre a importãncia das ilustrações. 

Data: 17/03/2011 – quinta-feira (HOJE)
Local: Auditório da PUC Minas Betim
Endereço: Rua do Rosário, 1.081, Bairro Angola
Horário: 18h30 às 22h

O Pólo de Leitura "Sou de Minas, Uai" deseja aos nossos companheiros de causa muito sucesso!!!

Na última terça feira, dia 15, nós, integrantes do Pólo de Leitura "Sou de Minas, Uai" participamos de uma oficina de literatura de cordel. Essa atividade faz parte do projeto "Vereda da Leitura" que é gerido pela SABIC (Associação de Amigos das Bibliotecas Comunitárias). Além do Pólo estavam presentes representantes de outras bibliotecas de Belo Horizonte, que também estão inseridas no projeto.

A oficina de literatura de cordel foi ministrada por Olegário Alfredo, conhecido também como "Mestre Gaio". Ele é cordelista, membro da Academia Brasileira de Literatura de Cordel, e possui uma vastidão de cordéis, livros de poema e até de haicais publicados. Mestre Gaio fala com muita paixão sobre a literatura de cordel e conseguiu nos mostrar o valor cultural e literário do gênero.

"O cordel possui uma aparência simplória, mas é dotado de riqueza"

Assim como todo gênero literário, descobrimos que o cordel possui suas histórias clássicas:

"O Pavão Misterioso"

"O Cavalo Que Defecava Dinheiro"

"João Grilo"

"A Vida de Pedro Cem"



Mestre Gaio falou também sobre a xilogravura, que é uma técnica, um processo de gravação em relevo que utiliza a madeira como matriz e possibilita a reprodução da imagem gravada sobre papel ou outro suporte adequado. A xilogravura é uma arte milenar oriunda da China. Tivemos a oportunidade de experimentar o processo, mas ao invés da madeira utilizamos o isopor., que inclusive se torna uma ótima alternativa para trabalhar a xilogravura na escola. Olegário fez algumas demonstrações e apresentou alguns modelos já prontos utilizando a técnica de gravura..

matriz de xilogravura

 Fomos apresentados à literatura de cordel de uma forma diferenciada, portanto essa oficina nos deu a oportunidade de passar a admira-la por sua beleza, como também por sua história, suas curiosidades, e por ser uma belíssima manifestação cultural.

A coordenadora do Pólo de Leitura "Sou de Minas, Uai", Eleusa Andrade Veiga concedeu uma entrevista ao programa "Universo Literário" veiculado pela rádio UFMG EDUCATIVA (Universidade Federal de Minas Gerais). Na oportunidade foi possível divulgar o 1º Seminário de Disseminação de Leitura Literária  "A Importância da Biblioteca Comunitária" e a trajetória do Pólo. Eleusa falou sobre nossos objetivos, a programação do evento e os principais convidados para o debate e as oficinas. O Pólo agradece aqui o espaço cedido pelo programa "Universo Literário".

Confira a entrevista abaixo:
Como mediadores de leitura e gestores de bibliotecas comunitárias, nós, integrantes do Pólo "Sou de Minas, Uai" vivemos em volta de livros infantojuvenis de diferentes tipos, gêneros e autores. Como nosso compromisso é com a literatura de qualidade, um assunto que não pode ser descartado é a qualidade das ilustrações dos livros. Ainda mais se tratando desse público que a imagem ajuda a prender a atenção no texto.
Muitos questionamentos surgem na hora da escolha dos livros para mediação e principalmente para aquisição, portanto essa temática foi uma das primeiras demandas do Pólo de Leitura, uma das primeiras sugestões de oficina a serem trabalhadas no "1º Seminário de Disseminação de Leitura Literária", que aconteceu no mês de fevereiro. 

Para a realização dessa oficina, contamos com a presença dos autores e ilustradores Nelson Cruz e Marilda Castanha, que colecionam prêmios e admiradores no cenário literário brasileiro. A dinâmica do casal consistiu na apresentação de diversas ilustrações, capas, trabalhos gráficos de livros, enquanto iam fazendo observações pertinentes.


Nessa oficina o público foi bastante diversificado. Podíamos encontrar adolescentes, educadores e ilustradores. Nelson e Marilda contaram sobre o processo de criação e pesquisa para se escrever ou ilustrar um livro, da relação com as editoras, da importância do livro de imagens. Marilda Castanha focou na produção do seu livro intitulado "O Delírio" (Companhia das Letrinhas, 2010), sétimo capítulo de memórias póstumas de Brás cubas, é uma espécie de viagem pela imaginação de Machado de Assis.
 
A ilustradora falou de seu receio em ilustrar um dos ícones da literatura brasileira. 


Nelson Cruz descreveu seu processo na produção do livro "No Longe das Gerais"(Cosac E Naify) . Em maio de 1952, o escritor João Guimarães Rosa percorreu duzentos e quarenta quilômetros conduzindo uma bioada no interior de Minas Gerais. Cinquenta anos depois, o mineiro Nelson Cruz percorreu passo a passo as trilhas de Rosa. O resultado um livro encantado, que nos transborda duplamente à infância das formas.
Questionado sobre como se lê um livro de imagens, Nelson contou a sua versão de "A Árvore do Brasil", livro de imagens com lançamento pela Editora Peirópolis, que conta a história de uma árvore secular que sobrevive às mudanças em seu entorno.

Para a oficina de "Mediação de Leitura para Público InfantoJuvenil", do 1º Seminário de Disseminação de Leitura Literária do Pólo "Sou de Minas, Uai", contamos com a presença de Sandra Lane, especialista em arte educação da palavra oral à escrita pela PUC/MINAS. Sandra já possui uma longa caminhada na promoção do livro e da leitura, realizando trabalhos como contadora de estórias.

CONFIRA mais detalhes sobre seu campo de atuação acessando o site

Sandra utilizou de vários artifícios para demonstrar a importância da mediação de leitura, fazendo com que os participantes percebessem possibilidades de atuação que vão além da técnica e que utilizam muito mais da percepção do público alvo, das necessidades que vão se mostrando nesse processo que existe entre o leitor e o livro, o leitor e a estória.

Aos poucos, e em clima de bate papo e interação Sandra levou os integrantes da oficina a se perceberem como leitores, focando no eu - leitor, naquela história marcante, naquele livro envolvente, naquele relato oral que fora fixado e repassado sem nem mesmo o contato com sua forma escrita.

Camila Valadares (psicóloga) relata que: "na oficina de mediação de leitura descobri que não é necessário saber ler para incentivar a leitura. Esse achado se deu a partir do momento da apresentação no qual tivemos que numa representação de livreto escrever o título do livro que mais nos marcou, prestar um pequeno agradecimento na parte interna do livreto e, em seguida, apresentá-lo à roda. Nesse momento, uma das participantes relata que o livro que a avó lia para sua mãe e tias era baseado nas ilustrações do livro, uma vez que a matriarca não sabia ler. Mesmo assim, não deixou de incentivar as demais a aprender. Tanto é que, até hoje, é uma tradição na família contar a história daquele livro como a avó contava e não como lá está escrito.O outro momento foi a contação de história na caixa de sombras. Vários grupos se formaram e com todo um aparato disponibilizado pela Sandra nos organizamos para realizar pequenas apresentações com as caixas e os moldes de sombras.Notei que a contação é um incentivo para a leitura de uma forma até então inimaginável."


Muitos dos participantes das oficinas de "Contação de Estórias" e de "Mediação de Leitura Para Público InfantoJuvenil", no momento da inscrição online, acreditavam que iriam aprender o Beabá das ações de contação e mediação. Acreditavam que aprenderiam a técnica de conquistar leitores, e brilhantemente as oficineiras mostraram a cada um que em se tratando de promoção de leitura a técnica não vem em primeiro plano, e que para nos tornarmos bons agentes de leitura, precisamos primeiro aprender muito mais sobre a gente mesmo e sobre aquilo que o outro espera que façamos através de uma fala, de um olhar.

CASTRO
A poesia ganhou um dia específico, sendo este criado em homenagem ao poeta brasileiro Antônio Frederico de Castro Alves (1847-1871), nascido em 4 de maio Castro Alves deixou sua marca na literatura, tanto por belíssimas obras como "O Navio Negreiro", tanto por sua luta contra o escravagismo, sua luta pela liberdade. O autor ficou conhecido como o "poeta dos escravos". Castro Alves foi também um  defensor ferrenho do sistema republicano de governo, onde o povo elege seu presidente através do voto direto e secreto.
Seus versos são considerados os poemas líricos mais lindos do Brasil

 POESIA

A palavra "poesia" tem origem grega e significa "criação". É definida como a arte de escrever em versos, com o poder de modificar a realidade, segundo a percepção do artista.  Algumas características básicas da poesia são o ritmo, a divisão em estrofes, a rima. Um poema também possui métrica, que é a contagem das sílabas poéticas dos versos. Nem todos estes quesitos estão sempre presentes. Os poetas modernistas, por exemplo, adotaram o verso livre, despreocupado com a rima e a métrica.

Infinito (Rodrigo Ferreira)
Seja em seu cunho tradicional, ou adquirindo ares modernos, como por exemplo os poemas e poesias visuais, esse é um gênero capaz de dar vazão a criatividade, de aguçar a imaginação, e nos ensina a ver a vida de ângulos mais belos, intrigantes, divertidos ou inquietos. 


VENDEDOR DE LIVROS


Depois de algumas horas após a comemoração do Bibliotecário,é chegada a hora de comemorar o dia de alguém não menos importante para a disseminação do livro - o vendedor de livros.
O livro é um portal mágico que oferece prazer, conhecimento e entretenimento. Não temos dúvida sobre a importância das histórias na formação de uma criança, a literatura infantil é o início da formação do leitor.
O interesse pela leitura deve surgir cedo, quando a criança ainda não sabe decifrar o código, mas lê com sua interpretação de mundo, ouvindo a história que lhe contam, imagina e vivência a mesma. Na Antigüidade e no começo da Idade Média, os livros eram manuscritos em rolos de papiro ou pergaminho. Na Europa, os livros formados por páginas costuradas em uma lombada surgiram no século XIII. Mas ainda eram manuscritos, o que os tornava raros e caros.
Os Chineses foram os pioneiros na arte de imprimir livros, usando blocos de madeira com caracteres entalhados.
Passava-se tinta nesses blocos, que eram em seguida aplicados ao papel. Os primeiros livros tratavam de magia ou de temas escolares. Mas o livro mais antigo que se tem conhecimento é datado de 11 de maio de 868 e foi encontrado nas grutas de Dunhuang, na região chinesa de Xinjiang. São discursos de Buda para seu discípulo Subhuti. Por volta de 1040 o alquimista chinês Pi Cheng usou de argila cozida para produzir os primeiros tipos móveis, os quais podiam ser reutilizados após a impressão, porque as letras eram entalhadas separadamente.
O conhecimento dos tipos móveis chegou à Europa muitos anos depois e foi aperfeiçoado pelo alemão Johannes G. Gutenherg (1400-68) que, em1438 começou a fazer impressões com tipos de metal, que proporcionavam maior nitidez à escrita. Uniu os tipos metálicos em palavras, frases, parágrafos e finalmente, páginas. Seu livro mais famoso é a Bíblia de Gutenberg, imprensa entre 1451 e 1456. Em 1448 Gutenberg se associou a Johann Fust, que financiou a criação da imprensa. A sociedade dos dois terminou em 1455. Fust processou Gutenberg e exigiu que ele lhe entregasse seu material como pagamento do empréstimo. Isso levou Gutenberg à ruína
 


Dia 12 de março se comemora o dia do bibliotecário. Essa data corresponde ao aniversário de Manuel Bastos Tigre, um pernanbucano que dedicou sua vida para os livros. Precocemente Bastos Tigre mostrou seus dotes literários e acabou se tornando poeta e prosador. Formou-se em engenharia civil, atuou como jornalista e possui uma vasta obra voltada aos poemas, que trazem consigo uma veia humorística. Manuel Bastos sempre lutou em prol da educação. Depois que descobriu o prazer de trabalhar diretamente com bibliotecas, resolveu devotar todo o seu trabalho aos livros. Conquistou o 1º lugar no primeiro concurso voltado para a biblioteconomia em nosso país e apresentou grande conhecimento sobre aplicação do Sistema de Classificação Decimal em trabalhos de Bibliografia e Biblioteconomia, que teve contato no período que estudou nos Estados Unidos com Melvil Dewey (bibliotecário que desenvolveu o método).

Bastos Tigre tornou-se uma referência na área de biblioteconomia no Brasil e ocupou cargo de bibliotecário no Museu Nacional, na Biblioteca da Associação Brasileira de Imprensa, e na Biblioteca Central da Universidade do Brasil. 

 O BIBLIOTECÁRIO HOJE

A biblioteconomia é uma profissão antiga, mas diferentemente do que pensam muitos, é um segmento que contextualiza suas ações com a atualidade. Criou-se a idéia do bibliotecário sisudo, intelectual, coordenando uma biblioteca onde só o silêncio deve reinar. A verdade é que a biblioteconomia, hoje, é uma área abrangente. O bibliotecário está apto  para o trabalho com banco de dados, seja no próprio espaço de leitura, seja em empresas e onde se faça necessário a catalogação, classificação e administração da informação. O mercado exige também que esse profissional tenha conhecimento para manusear softwares, arquivos digitais, entre outras tecnologias. As tradicionais atividades, voltadas ao livro como objeto permanecem: organização do acervo, classificação, catalogação, preservação, entre outros, e o diferencial é que o bibliotecário de hoje se preocupa também com uma gestão interpessoal, seja no atendimento ao leitor, no trato com os usuários de bibliotecas,  o profissional passa a ser também um mediador. Hoje o bibliotecário é um profisional multidisciplinar.

ALGUMAS CURIOSIDADES

Para atuar como bibliotecário, é preciso, após a graduação, obter o registro no Conselho Regional de Biblioteconomia.

Quem pretende ingressar no curso, já deve ficar sabendo que entre as disciplinas básicas estão língua portuguesa, inglês e literatura. É obrigatório ainda que se faça um estágio, sendo exigida uma monografia final.

Em algumas instituições, o curso, que tem duração média de quatro anos, é chamado de Ciência da Informação ou Gestão da Informação.

Na Antigüidade, quando foi inventada a escrita, os bibliotecários eram responsáveis pela escrita e armazenamento dos livros. Os escribas, por exemplo, escreviam as leis e registravam fatos do cotidiano. 

Já na Idade Média, as bibliotecas passaram a ter um caráter religioso, e a função do bibliotecário ficou a cargo dos monges, que eram copistas e os próprios editores dos livros. Sua preocupação, porém, era apenas preservar o acervo e proteger as obras.


O Pólo de Leitura "Sou de Minas, Uai" acredita e reconhece a importância desse profissional. Deixamos aqui nosso agradecimento e damos os parabéns a todos os bibliotecários e bibliógrafos do país, que possuem um papel fundamental na difusão do livro, da leitura, e no fortalecimento dos espaços de leitura e bibliotecas. Um abraço especial a Rejane Valéria, bibliotecária oficial do Pólo de Leitura "Sou de Minas, Uai" !!!

          portal são francisco
A oficina de "Qualidade do Livro Para Bibliotecas Comunitárias", que aconteceu no 1º Seminário de Disseminação de Leitura Literária do Pólo "Sou de Minas, Uai" foi ministrada pela coordenadora do Projeto da Associação Cultural "Teia de Textos", Profa. Dra. Maria Antonieta Pereira.

A discussão da oficina foi calcada na situação da leitura no Brasil contemporâneo (analfabetismo funcional; preço do livro; sociedade civil/empresa/poder público; Plano Nacional do Livro, da Leitura e da Literatura (PNLL/MINC); mediadores de leitura). 


Assuntos como esse abrem um leque de discussões, dúvidas e polêmicas. Nessa oficina houve espaço para a contextualização do Brasil leitor, pois se torna impossível discutir qualidade de livro, acervo, sem entender que sociedade é essa que estamos visando, que leitor é esse que pretendo conquistar. Os participantes da oficina conheceram também um pouco sobre as ementas e leis que pretendem incentivar o livro e a leitura, como por exemplo o Plano Nacional do Livro e da Leitura (PNLL), como também as ações do Minc (Ministério da Cultura).
Toda essa contextualização possibilitou que o foco passasse então para a biblioteca comunitária e sua relevância (desejo, protagonismo, cidadania; a importância da literatura na formação do leitor; qualidade do acervo: cânones e demandas sociais; como criar bibliotecas comunitárias).


A parte da tarde do 1º Seminário de Disseminação de Leitura Literária do Pólo "Sou de Minas, Uai", foi dedicada a oficinas, que contaram com a mediação de profissionais com conhecimento técnico e prático das áreas de interesse da temática. Ao todo foram oferecidas quatro oficinas e vamos relatar aqui no blog um pouco do que aconteceu em cada uma delas. A oficina de Contação de Estórias foi um grande sucesso desde o período de inscrições. Como o nosso público alvo foi de educadores, bibliotecários e agentes de leitura em sí, percebemos que este tema demanda bastante interesse desses segmentos, por seu foco dinâmico e a possibilidade de propiciar métodos interessantes para se usar na sala de aula e diversos outros espaços.

Meibe Rodrigues, que é atriz e dramaturga, foi a responsável por essa oficina e realizou um belo trabalho. A satisfação dos participantes era visível e se traduzia na interação com a proposta da oficineira. 


Uma das exigências de Meibe foi um ambiente amplo e sem cadeiras, e isso já nos dava uma prévia do que viria a seguir. A oficina transcorreu em intenso movimento, experimentações, bate papo e brincadeiras que tornaram a teoria mais instigante e de fácil visualização para a hora da execução. Meibe mostrou ao seu público todo o encanto da contação de estórias e as possibilidades de se ensinar, seduzir para o universo literário e a narração. Deixou claro a todos que toda estória é digna de ser contada e que o educador ou aquele que tiver interesse em exercer tais atividades, deve estar sempre atento a seu alvo, à realidade do grupo envolvido e que o improviso é  necessário e saudável para a realização de uma boa contação.


"Participar da oficina de contação de histórias com Meibe Rodrigues foi muito gratificante, pois apreciei um momento riquissimo, acredito que não só eu, mas todos os participantes, onde tivemos o prazer de aprender de forma dinâmica e gostosa.Dentro deste espaço foi possível desfrutar de um conhecimento que faz despertar uma nova visão de cada um.Enfim, gostaria de agradecer a equipe que organiza este fantástico evento e um abraço especial a Meibe que é uma pessoa maravilhosa e talentosa que nos doou um pouco do seu saber."

Iris Katia Cordeiro da Silva 
Educadora Social
O 1º Seminário de Disseminação de Leitura Literária do Pólo "Sou de Minas, Uai" conseguiu uma abrangência significativa nos meios de divulgação. O processo de organização desse evento nos trouxe um grande aprendizado, principalmente no que se trata de alianças, parcerias e divulgação. Literalmente conservaremos as ações de sucesso e faremos das falhas, que estão previstas em qualquer tipo de organização, o ponto de atenção para as próximas ações. Conseguimos  incidência no rádio, na internet e em diversas peças publicitárias. Outro exemplo de espaço adquirido foi a nota publicada no jornal "Hoje em Dia" que você confere abaixo. O Pólo de Leitura se alegra por estar produzindo e utilizando de espaços de discussão das ações de promoção de leitura em Belo Horizonte.



Enquanto aconteciam as atividades do 1º Seminário de Disseminação de Leitura Literária, em uma sala no próprio local do evento, alguns integrantes da ONG Oficina de Imagens realizavam uma intervenção chamada "Video Cabine". Esse trabalho visa o envolvimento do público que se pretende alcançar em uma série de práticas, abordando aspectos básicos para o registro audiovisual e a produção/difusão de informações sobre determinado tema. No caso do Seminário de Leitura, a oficina foi realizada tendo como foco uma investigação sobre o "eu leitor" do participante. Várias pessoas presentes ao evento foram convidadas a darem seu depoimento na video cabine e o resultado você poderá conferir em breve aqui em nosso blog.



Deixamos aqui o nosso agradecimento ao Marcão, Rodrigo e Roger (integrantes da Oficina de Imagens) pelo trabalho realizado no seminário.

 Aline Cântia e Chicó do Céu transformaram a abertura e os intervalos das atividades do Seminário de Disseminação de Leitura em um verdadeiro sarau. Com o talento de sempre, os artistas levaram o público do evento a conhecer contos maravilhosos de origem aficana, além de  poemas e poesias. A dupla consegue aliar a contação de estórias e a declamação com a magia e o toque do violão.
2ª Mesa Redonda
Mediador: Santiago Régis (Ilustrador)

Viviane Pereira - diretora executiva da SABIC (Associação de Amigos das Bibliotecas Comunitárias) 

Viviane Pereira iniciou sua fala, se apresentando como representante da biblioteca comunitária "São José de Calazans, espaço de leitura que vem angariando diversos projetos de promoção de leitura em Belo Horizonte. Em seguida realizou uma contação de estória, baseada em um dos livros da escritora Elizete Lisboa, que também estava presente à mesa de discussão. Tal atividade serviu como uma homenagem a Elizete, que faz um trabalho interessante ao lançar seus livros também em braile, e por seu apoio às bibliotecas comunitárias de Belo Horizonte. Viviane ainda apresentou um panorama das bibliotecas comunitárias do município, e falou da experiência de se trabalhar em associação em busca de uma representatividade, e do que é necessário para se criar uma biblioteca comunitária.

Elizete Lisboa
É mineira e mora em Belo Horizonte. Formou-se em Letras pela Universidade Federal de Minas Gerais. Já publicou vários livros como: “Que será que a bruxa está lavando?” e “A bruxa mais velha do mundo”.

 Elizete Lisboa iniciou sua apresentação contando sobre sua história. Falou sobre o começo de sua deficiência visual, e como suas esperiências culminaram na preocupação em oferecer seus livros em "duas escritas", pois ainda são poucas as iniciativas em prol da leitura para cegos. Elizete trouxe muitas informações sobre o livro em braile e falou da necessidade de contato, mesmo dos "visuais" com a escrita braile. O bate papo englobou da escola à família, da biblioteca comunitária à biblioteca pública e através da participação do público presente, vários conceitos e percepções foram enriquecidas. A escritora ainda realizou uma dinâmica interessante, onde através de uma música e da apresentação de algumas representações em braile, ensinou os participantes a identificarem algumas letras. Essa atividade mobilizou todo o público do seminário. Elizete apresentou um vídeo caseiro, onde continua a discussão sobre as duas escritas, ao mesmo tempo em que fica claro a força do seu trabalho como escritora, mediadora e sua busca pela inclusão dos "não visuais" ao universo literário. A participação de Elizete, possibilitou um debate muito rico sobre um assunto que ainda não possui muito espaço para troca de experiências. Questões como a percepção da ilustração para "não visuais" é um assunto complexo, ainda mais em se tratando das crianças, portanto momentos como esse é que são capazes de promover, na prática, os passos para a tão falada inclusão. Todas as publicações da escritora Elizete Lisboa fazem parte do acervo das bibliotecas do Pólo de Leitura "Sou de Minas, Uai".


Após grande dedicação, alegrias, desencontros recorrentes a elaboração de um evento, enfim aconteceu o 1º Seminário de Disseminação de Leitura Literária "A Importância da Biblioteca Comunitária". Com essa atividade o Pólo de Leitura "Sou de Minas, Uai" ganhou experiência quanto a organização, gestão, participação, autonomia e demais conhecimentos e habilidades necessários para a elaboração de um seminário com grande número de pessoas. Estamos felizes com a incidência alcançada, com a participação dos palestrantes, oficineiros, público e todos que de alguma forma tornaram possível a realização do seminário.

1ª MESA REDONDA
Mediadora: Rejane Valéria (bibliotecária do Pólo de Leitura "Sou de Minas,Uai")

Áurea Regina Guimarães Thomazi - Professora UEMG e UNATEC)

 A professora Áurea apresentou um texto muito rico onde explicita e chama para a discussão sobre a questão do livro e da leitura no Brasil. Sua fala contemplou o cenário educacional, a formação de professores, o acesso ao livro e a leitura literária. A educadora nos contou também sobre sua pesquisa acadêmica focada nas bibliotecas comunitárias.

confira em breve texto na íntegra

Bartolomeu Campos de Queirós- 
Escritor mineiro com formação nas áreas de educação e arte. Cursou o Instituto Pedagógico de Paris. Publicou mais de 40 livros no Brasil, sendo que vários foram traduzidos para outros idiomas. É detentor de vários prêmios literários e recentemente foi indicado ao Hans Christian Andersen.

Através de um verdadeiro bate papo o escritor perpassou diversos temas enquanto esteve com a fala na mesa de abertura. Bartolomeu focou na questão da leitura literária e suas diferenciações.

"... o livro literário faz a criança pensar,  aperfeiçoar opiniões."  

O autor falou sobre a comercialização, consumismo, que vem crescendo no meio literário. Como exemplo citou os "livros-brinquedo",  e afirmou que livro brinquedo não é literatura e que se torna um erro acreditar que através destes livros conquistaremos leitores de leitura literária. Bartolomeu deixou um recado para os novos profissionais e estudantes da área de literatura: “Fiquem atentos para a sociedade que estamos vivendo. É uma sociedade de consumo que quer vender a qualquer preço. A literatura torna as pessoas mais críticas, mais sábias, mais criativas, mais inteligentes...”

Os livros didáticos e de auto-ajuda também passaram pela crítica do autor. Este diz reconhecer o valor dos livros didáticos, mas apenas como fornecedores de um conhecimento "chapado", sem propostas eficazes para que tal aprendizagem se vincule a realidade e culminem na criatividade, na "reinterpretação". Sobre  os livros de auto ajuda diz não considera-los como literatura, pois a " literatura não tem compromisso com a verdade". Bartolomeu levou o publico às gargalhadas ao dizer que " ao invés de ler todos os livros do Paulo Coelho, seria melhor ler a Bíblia" que é mais completa, dotada de questionamentos e representações ricas.

"Literatura é um leitor tomar posse daquele texto na vida dele"

Bartolomeu transcorreu sobre os aspectos que definem ou não um leitor, e salientou que "não importa se a criança está lendo um livro por mês, por ano. Literatura é arte, não é quantidade." O autor causou surpresa a muitos ao dizer que é um leitor da série Harry Potter. O autor disse que manifestou seu interesse pela série ao perceber que crianças estavam lendo livros grandes e resolveu descobrir o que estava encantando tantos jovens leitores. Bartolomeu vê qualidade na saga, mas também chama a atenção para que esta seja a oportunidade de apresentar também outros tipos de leitura para as crianças.

Ao ser indagado pelo público sobre qual seria essa leitura literária de qualidade em que pautou sua fala durante a apresentação, Bartolomeu enumerou diversos nomes importantes de literatura brasileira e das possibilidades de se viajar, se encantar com a literatura nacional.