Livro conta como Aracy de Carvalho,
salvou a vida de judeus perseguidos pelos nazistas

A brasileira recebeu a condecoração Justa Entre as ações

Walter Sebastião - EM Cultura

Pela primeira vez, um livro joga luz sobre personalidade que permaneceu na sombra: Aracy de Carvalho Moebius Tess (1908-2010), a segunda mulher do escritor Guimarães Rosa (1908-1967), que lhe dedicou o romance Grande sertão: veredas. Chefe do setor de passaportes do consulado do Brasil na cidade alemã de Hamburgo, ela viabilizou a vinda de refugiados para o Brasil durante a 2ª Guerra Mundial. Justa – Aracy de Carvalho e o resgate de judeus: trocando a Alemanha nazista pelo Brasil, escrito pela historiadora Mônica Raisa Schpun, conta a história de 14 pessoas que vieram para o país. Sem a ação dessa brasileira, nenhum dos personagens escaparia da morte.

Mônica explica que não se trata de biografia, porque não era interesse dela se dedicar ao gênero. Além disso, observa, não há documentos suficientes que permitam esse tipo de abordagem. “É livro de história”, define. “Fiquei encantada com a amizade entre Aracy e Maria Margarethe Bertel Levy”, revela. As duas se conheceram no balcão onde se concediam vistos de entrada no Brasil. Trocaram confidências e presentes, mantiveram o relacionamento até a morte. Ambas faleceram em 2010, aos 102 anos. “São duas mulheres com a mesma idade e perfis diferentes vivendo um momento dramático”, afirma a autora.

Aracy de Carvalho era moça de classe média brasileira, filha de imigrantes. Separou-se do primeiro marido e se mudou para a Alemanha, em 1934, como filho pequeno. Precisava de trabalho, aceitou o emprego no consulado brasileiro em Hamburgo. Quatro anos depois, conheceu o mineiro João Guimarães Rosa, cônsul adjunto. Devido à perseguição aos judeus, aquela funcionária pública viu o setor em que trabalhava ganhar dimensão imprevista.

Rica, cosmopolita e integrante da elite de Hamburgo, Margarethe Bertel falava sete línguas. De repente, considerada membro de “raça inferior” pelos nazistas, viu as portas se fecharem, foi obrigada a deixar a Alemanha com o marido. Mônica Schpun fez três longas entrevistas com ela. Graças a Aracy, Margarethe chegou ao Brasil em 1938. Deixou seu país na manhã que antecedeu à Noite dos Cristais, em que nazistas incendiaram sinagogas e depredaram casas e lojas pertencentes a judeus. As tropas de Hitler prenderam 30 mil pessoas, enviadas a campos de concentração.

No poder desde 1933, o führer começou a implantar leis raciais a partir de 1934 e a perseguir judeus, além de oposicionistas, católicos e intelectuais. Os semitas foram excluídos do serviço público, espoliados de seus bens e proibidos de frequentar espaços públicos. “Ainda não havia chegado o momento do genocídio. Os nazistas trabalhavam para expulsá-los da Alemanha e tomar seus bens”, lembra Mônica.

Aracy poderia ter se recusado a conceder vistos ou ser indiferente aos pedidos de imigração para o Brasil, lembra a pesquisadora. “Ela poderia enrolar os solicitantes, dificultar e atrasar processos, como é comum em ambientes burocráticos. Mas fez exatamente o contrário: teve boa vontade com todos, empenhou-se em agilizar a documentação, trabalhou duro, muito e com rapidez. Valeu-se de todas as brechas na legislação e até cometeu algumas irregularidades para facilitar a fuga dos perseguidos para o Brasil”, conta. O maior país sul-americano, como boa parte das nações, controlava o ingresso de judeus em seu território. Devido a seu crescimento econômico, era considerado um bom lugar para recomeçar a vida. “Assim, 14 pessoas foram salvas da morte”, lembra Mônica Schpun. Só um deles veio com a família – os outros perderam todos os parentes assassinados.

“É livro de história, mas pode ser lido por todos”, afirma a autora. A proposta dela é contribuir para a percepção mais depurada de nossa trajetória. “Só conhecendo a história temos a possibilidade de um futuro melhor. Sem ela, permanecemos prisioneiros do passado”, acrescenta.

Doutora em história pela Universidade de Paris VII e pesquisadora do Centre de Recherches Sur le Brasil Conteporain da Écola des Hautes Études en Sciences Socialies, Mônica Schpun leciona história das migrações internacionais e é diretora da revista Brésil(s). Já publicou Beleza em jogo – Cultura física e comportamento em São Paulo nos anos 1920. Organizou dois volumes coletivos: Gênero sem fronteiras – oito olhares sobre mulheres e relações de gênero e Masculinidades.

Lançamento Justa – Aracy de Carvalho e o resgate de judeus: trocando a Alemanha nazista pelo Brasil (Editora Civilização Brasileira), de Mônica Raisa Schpun. Nesta terça, às 19h30, a autora participa do projeto Sempre um papo, na Sala Juvenal Dias (Avenida Afonso Pena, 1.537, Centro). Informações: (31) 3261-1501.

http://www.divirta-se.uai.com.br/html/sessao_7/2011/08/30/ficha_agitos/id_sessao=7&id_noticia=43192/ficha_agitos.shtml

A Biblioteca Comunitária Livro Aberto está realizando nos meses de agosto e setembro o campeonato de leitura. Serão escolhidos dois campeões um menino e uma menina, cada livro tem uma pontuação variada para chamar atenção dos leitores para temas que eles ainda não conheçam. O objetivo do campeonato é incentivar a leitura.


"O campeonato tem sido um sucesso absoluto! Foi contabilizado até a data de hoje dia 26/08 um total de 1520 empréstimos e livros lidos na biblioteca. A leitura na biblioteca tem sido a “sensação do momento”, nossos leitores combinam entre si e veem a biblioteca juntos para aproveitar as novidades recém-chegadas do novo acervo e da repaginação do ambiente. Quando percebemos a biblioteca já está lotada." Segundo a equipe da Biblioteca.


O campeonato está na metade, mas o sucesso é claro. Entre os participantes a disputa é grande principalmente porque a diferença na pontuação é mínima. Os participantes acompanham atentamente o preenchimento de seus dados e pontos nas próprias fichas e estão em grande expectativa, pois dia 01 de setembro sairá à prévia da classificação.


Tudo está acontecendo de uma maneira bem lúdica e interativa, isso se vê no sorriso e interesse das crianças e adolescentes. Para saber se os usuários tem realmente lido os livros a mediadora Daniela tem acompanhado de perto os empréstimos e devoluções, fazendo grupos de debates a respeito dos livros.
Acreditamos que a leitura segue um ciclo, onde os livros infantis são apenas o começo e os clássicos são o ápice, e para mudarmos de estágio nesse ciclo muitas vezes precisamos de um incentivo, que vem da escola, da família e claro por que não da Biblioteca Comunitária.
Festa Literária Internacional de Paraty já tem novo curador e nome do homenageado

Redação - EM Cultura

Ediçã comemorativa de 10 anos da Flip terá Carlos Drumond de Andrade como Homenageado

O jornalista Miguel Conde foi anunciado ontem como novo curador da Festa Literária Internacional de Paraty, a Flip, em substituição a Manuel da Costa Pinto. Ele assume o cargo em 1º de outubro e vai cuidar da edição de 2012, que será a 10ª. Formado em jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e mestre em letras pela PUC do Rio de Janeiro, Conde trabalha atualmente no jornal O Globo. Ele será o sexto curador da Flip, que já contou com Flávio Pinheiro (2004 e 2005), Ruth Lanna (2006), Cassiano Elek Machado (2007), Flávio Moura (2008 a 2010) e Costa Pinto (2011).

"O planejamento dessa edição em que a festa completa uma década tem como ponto de partida inevitável o reconhecimento do que ela tem de mais valioso: a combinação entre celebração e pensamento crítico, num espaço em que escritores, leitores e intelectuais se reúnem em torno de um interesse comum pela literatura e pela reflexão", disse Conde, em comunicado distribuído pela Flip.
No próximo ano, que promete uma edição comemorativa, o escritor homenageado será Carlos Drummond de Andrade e as atividades em relação ao poeta – que incluem conferência de abertura, mesas literárias, exposição e eventos na Casa da Cultura – contarão com a colaboração de Flávio Moura, que atuará como cocurador. Ele vem coordenando desde o ano passado os projetos especiais em comemoração aos 10 anos da Flip, como publicação de livro comemorativo, criação de prêmio e edição de DVDs.

A edição deste ano terminou de forma ruidosa, por conta de uma discordância entre o curador Costa Pinto e um dos convidados, o cineasta francês Claude Lanzmann. O motivo foi a crítica aberta feita por Lanzmann ao mediador de sua mesa, Márcio Seligmann-Silva. O curador saiu em defesa de Seligman e, durante entrevista coletiva sobre o balanço da Flip, acusou Lanzmann de fugir do debate intelectual, o que seria, segundo ele, "atitude de um nazista". Em entrevista alguns dias depois, Lanzmann rebateu: "Nem conheço esse senhor, mas o desprezo. Os nazistas eu combati, e matei, na resistência."

Jornal Estado de Minas, 25/08/2011.
Hoje é dia de estréia no blog do Pólo de Leitura "Sou de Minas, Uai". A sessão intitulada "Artigo de Opinião" nasceu com a proposta de ser um espaço de interação, portanto fique a vontade para entender aqui a "opinião" como liberdade para demonstrar sua visão sobre o livro, a leitura e a escrita, seja através de um conto, uma crônica, uma poesia, uma frase, um caso... A colaboração de hoje vem através de uma crônica escrita por Adriane Assis, assessora de comunicação do Pólo. Sua narrativa faz um flerte com a poesia e nos leva a um passeio por lugares familiares a muitos belohorizontinos. Confira abaixo:


"PRAÇA DAS MEMÓRIAS"

Naquela época eu não tinha muita ideia de onde ficava cada coisa. Morava no centro de Belo Horizonte, no alto da Avenida Afonso Pena e o trabalho do meu pai era no bairro Lagoinha.

Foi em 1985, eu tinha sete anos e depois da escola papai costumava me levar pro trabalho dele, nas semanas que minha mãe viajava pra visitar a vovó.

Como qualquer criança curiosa, da janela do carro eu tentava decorar o nome dos edifícios e ruas. Do caminho de casa até o destino, fascinava-me com um determinado lugar, onde mais que as outras ruas, as calçadas eram cobertas de gente. Gente de lá pra cá e daqui pra lá. Gente de todo tipo; feia, bonita, rica e pobre. Pessoas trabalhando, outras apenas se divertindo. Tabuleiros de dama, xadrez, palhaços, apitos e bandeiras, muitas bandeiras. 
Mas o que mais despertava atenção era um monumento, que na época eu chamava de ‘troço’ e meu pai nomeava ‘Pirulito’. Minha visão de pirulito era outra. Talvez pudesse ser um pouco mais colorido, estendido com uma haste de madeira, não importa. As respostas do meu pai pras minhas perguntas nunca foram suficientes. “Por que ele fica no meio da rua?” “Quem fez?” “Por que ele chama pirulito?”

Cansado, papai respondia completando que ali era o centro de Belo Horizonte, e aquela região ocupada pelo Pirulito chamava-se Praça Sete de Setembro. Disse também que quem chegava à ‘Praça Sete’ nunca estava perdido. Ela era o ponto inicial e o ponto final pra muita gente. Local de encontros e despedidas. Gravei aquele lugar.

Um ano depois as coisas aconteciam do mesmo jeito e o caminho de casa até a Praça Sete era rotineiro. Meus pais me levavam e buscavam na escola e a aparência daquele lugar já não me fascinava tanto.

Foi quando aos nove anos, no início da minha desobediência, resolveram meus amigos que não esperariam seus pais na porta da escola e voltariam sozinhos pra casa; como meninos crescidos que eram. Eu que sempre fui criado debaixo das asas de meus pais nunca havia andado sozinho. Naquela idade, em hipótese alguma eles me deixariam passear por BH sem a companhia de um parente adulto. Sem pensar duas vezes e também por influência dos coleguinhas, saí sorridente da portaria do colégio que ficava no bairro Prado.

Sentia-me livre. Parei em uma banca de revistas. Enquanto minhas mãos dedilhavam alguns gibis, meus olhos percorriam as revistas adultas. Logo depois fiquei a observar um cachorro que furava a terra de uma pracinha; parecia que estava caçando um osso, mas abocanhou uma boneca velha em meio ao vermelho do chão. Segui olhando vitrines e admirando uma linda menina que ao que me parecia, aguardava a chegada de alguém. Andei por mais alguns minutos. Até que comecei a entrar por ruas e sair no mesmo lugar. Foi alegria seguida de solidão. Eu que só sabia como chegar à padaria mais próxima da minha casa, estava perdido e já nem sabia como voltar pra escola.

Até que depois de muito andar, não imaginava que havia se passado tanto tempo, caminhava por duas horas. Estava cansado, com fome e arrependido. Com alguns centavos no bolso resolvi esperar um ônibus. Qualquer coisa que me levasse pra mais perto de casa. Perguntei ao ‘trocador’ onde eu estava e desci no ponto próximo de um tal Mercado Central.

Resolvi subir algumas ruas, desci outras, passei pela rua Curitiba, virei na Tamóios, subi a rua São Paulo... Até descobrir que as ruas da cidade tinham nomes de tribos de índios e de cidades do Brasil. Depois de um tempo andando, avistei um movimento familiar, alguns apitos... “Foto na hora, foto!”, “Dentiiiista!”. Levantei meu olhar e avistei o Pirulito.

Estava na ‘Praça Sete’. 
Encontrei o caminho de casa.

Fiquem Ligados!!! Está em cartaz a peça "A Mulher Sem Pecado". Adaptação da obra do escritor Nelson Rodrigues e que conta com a participação do ator e contador de histórias Marcos Eurélio, que atua no GDECOM (Grupo de Desenvolvimento Comunitário). È um leitor e colaborador das atividades da Biblioteca Comunitária "Mundo do Saber".


"A peça narra o tormento e desassossego de Olegário doente de ciúme de sua bela e jovial mulher, Lídia, que, entre outros artifícios, compra a vigilância de seus empregados para vigiar os passos de Lídia 24h por dia. E é aí que entra a genialidade de Nelson, pois ele faz uma inversão de efeito psicológico: tudo aquilo de que Olegário acusa sua mulher acaba se consumando em seu desfavor; e ele, infelizmente, como Otello de Shakespeare, acaba caindo em desgraça e assim uma tragédia se consuma. "

No elenco, Paulo Rezende, Ana Luiza Amparado, Alexandre Vasconcelos, Diego Krisp, Magdale Alves, Marcos Eurélio, Ludmilla Cristine, Dirlean Loyola, Eliana Esteves.

Data: 24 e 25 de agosto
Horário:  20h30
Local: Sesc Palladium
End: Avenida Augusto de Lima, 420. Centro.
Tel: (31) 3214 5350
Ingressos: R$30,00 (inteira) / R$15,00 (meia)

Fonte: Sou BH
O blog do Pólo de Leitura "Sou de Minas, Uai" está prestes a completar um ano. Durante todo esse tempo utilizamos esse espaço online para divulgação de nossas atividades, sugestões de leituras, eventos referentes ao livro e a leitura, ou seja, tudo que fosse referente a promoção da leitura literária. Para comemorar esse primeiro ano do nosso blog iremos estrear em breve uma "coluna" intitulada "Artigo de Opinião". O objetivo dessa nova sessão será de convidar leitores, escritores, ilustradores, ou seja, pessoas que como nós, acreditam na disseminação de leitura e seu papel transformador. Um texto, uma poesia, um depoimento, um "causo", uma frase - todo tipo de contribuição será bem vinda!


O blog faz um ano e você também ganha presentes! Fiquem ligados nas novidades e saiba, em breve, como ganhar uma lembrança muito especial do "Sou de Minas, Uai" ...
Foi realizada uma interessante mediação de leitura com os leitores de 10 a 14 anos do CCEE, com o livro Claro Escuro de Branca Maria de Paula. A mediadora Kenya, fez uma tenda dentro da Biblioteca Comunitária Tia Clô, onde recebeu tais leitores e com uma lanterna realizou a mediação. Após este momento, os leitores quiseram fazer uma mediação de leitura do livro O Danado do Medo de Nana Toledo, aproveitando o escuro, a tenda, a lanterna e o clima propício.









Albertina é uma vaca que gosta de olhar a estrada. Observa tudo o que acontece e descobre um desejo diferente: conhecer o mundo do outro lado da cerca. Nessa hora ela entende o poder da imaginação e a importância do sonho. Será que ela consegue realizar?

A mediação de leitura do livro Albertina a vaca estradeira, aconteceu no dia 10/08 no Rodão que acontece toda quarta-feira, com as crianças da Educação Infantil do CCEE, onde fica localizada a Biblioteca Comunitária Tia Clô. As crianças se encantaram com Albertina e se deixaram sonhar e imaginar como ela e suas amigas.
O que será que existe do lado de lá da cerca?







O livro com duas escritas e a formação do hábito de leitura 
 
 
As crianças que enxergam, quando recebem o livro com duas escritas, não estão só lendo e vendo o braile, mas têm a oportunidade de pensar a diversidade humana. Saiba mais sobre o braile e as atividades que ajudam a criança a se tornar leitora. 
 
Data
27 de agosto (sábado)
Horário
das 9h às 12h
Taxa
R$ 10,00

Público-alvo: professores, universitários, bibliotecários e interessados.

Local: auditório Paulinas Livraria – Av. Afonso Pena, 2.142 – Funcionários - BH
Informações e inscrições: (31) 3269-3700 - 3224-2832 - eventosbh@paulinas.com.br
 

Para comemorar mais um dia dos pais o Pólo "Sou de Minas, Uai" traz como indicação de leitura o livro: "Você Lembra, Pai?". Com uma narrativa poética Daniel Munduruku faz uma linda homenagem a seu próprio pai, convida os leitores a se lembrarem dos seus e reflete sobre seu posicionamento enquanto pai. Através da apresentação do cotidiano, das descobertas e desentendimentos que acontecem entre pais e filhos, o autor demonstra a importância dessa relação para a formação do ser humano e da própria identidade pessoal e familiar.

"Você lembra quando eu era bem pequeno, nem conseguia andar, e você me carregava no colo para todos os lugares, apenas para me mostrar o pôr-do-sol? Mamãe me contou que você tinha um grande parzer em fazer isso. Ela acha até que, assim, você tentava encontrar suas próprias respostas sobre a vida..."

Daniel Munduruku
"Nasceu em Belém, PA, filho do povo indígena Munduruku. Formado em Filosofia, com licenciatura em História e Psicologia, integrou o programa de pós-graduação em Antropologia Social na USP. Lecionou durante dez anos e atuou como educador social de rua pela Pastoral do Menor de São Paulo. Esteve em vários países da Europa, participando de conferências e ministrando oficinas culturais para crianças. Autor de Histórias de índio, coisas de índio e As serpentes que roubaram a noite, os dois últimos premiados com a menção de livro Altamente Recomendável pela FNLIJ. Seu livro Meu avô Apolinário foi escolhido pela Unesco para receber menção honrosa no Prêmio Literatura para Crianças e Jovens na Questão da Tolerância. Entre outras atividades, participa ativamente de palestras e seminários destacando o papel da cultura indígena na formação da sociedade brasileira. Pela Global Editora tem publicado várias obras."
 
Neste mês de agosto a Biblioteca Comunitária Além das Fronteiras - Cabana vai realizar as suas mediações sobre o tema: Folclore. Nesta semana as crianças e adolescentes conheceram A Lenda do guaraná - Lenda dos Índios Maués, adaptação de Maria Thereza Giácomo - Edições Melhoramentos. A mediadora de leitura Rita de Cássia aproveitou para ressaltar a importância de resgastar o folclore, pois este retrata a riqueza cultural do nosso país. E apresentou dois vídeos que contam a mesma lenda em versões diferentes.Foi um momento mágico e os usuários até sugeriram outras lendas para o nosso próximo encontro.
As crianças também puderam ler e realizar empréstimos em um espaço montado na biblioteca sobre o tema:

Vídeo - A Lenda do Guaraná:

Na próxima semana tem mais lendas e aventuras!!!


Agora, no jornal Estado de Minas, os leitores poderão ter acesso à escrita de uma das mais importantes personalidades da literatura brasileira. Toda quinta feira a escritora Marina Colasanti presenteará os leitores com uma crônica, com todos aqueles elementos inerentes ao seu estilo literário. Marina consegue tratar de temas atuais com um toque de conto de fadas. Consegue ser crítica, misteriosa e poética. 


"A estreia dela na literatura se deu em 1968, com Eu sozinha. Marina publicou livros de contos, poesia, crônicas e volumes para crianças e jovens, além de ensaios sobre relacionamento amoroso, a condição da mulher e leitura, entre outros temas. De 1985 a 1989, integrou o Conselho Nacional dos Direitos da Mulher.
Nascida em Asmara, na Eritreia, mudou-se para a Itália no início da 2ª Guerra Mundial. Em 1948, sua família se transferiu para o Brasil. Em 1952, Marina Colasanti cursou a Escola Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro. De 1962 a 1973, trabalhou no segundo caderno do Jornal do Brasil como editora, secretária de texto, cronista, colunista e ilustradora. Também editou o suplemento cultural do Jornal dos Sports e integrou a equipe da revista Nova.
Publicitária premiada, nos anos 1970 ela voltou às artes plásticas: ilustrou seu livro Uma ideia toda azul, lançado em 1978, e fez exposições individuais.
JABUTI Marina Colasanti recebeu vários prêmios literários. Conquistou cinco Jabuti (poesia, crônicas e literatura infantil); foi contemplada pela Fundação Nacional do Livro Infantojuvenil e Câmara Brasileira do Livro. Recebeu o Grande Prêmio da Crítica concedido pela Associação Brasileira de Críticos de Arte e o prêmio de poesia da Biblioteca Nacional.
No âmbito internacional, venceu o Concurso Latinoamericano de Cuentos para Niños, promovido na Costa Rica pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e o latino-americano Norma-Fundalectura. Casada com o poeta Affonso Romano de Sant’Anna, também colunista deste jornal, tem duas filhas."
 
As crianças da creche Patatí-Patatá (GDECOM) voltaram as aulas. E para receber estes que são frequentadores assíduos da biblioteca comunitária "Mundo do Saber", nada melhor que uma mediação de leitura. Para tanto fora escolhido o livro "Rápido Como Um Gafanhoto". O livro escrito pela Audrey Wood e ilustrado pelo Don Wood traz as características que consagraram esse casal no ramo da literatura infantil: uma narrativa divertida e esperta, assim como ilustrações ricas em detalhes e cores.


Se uma imagem vale mais que mil palavras, a própria expressão das crianças já diz muito do encantamento que este livro pode provocar.


E existem momentos assim, onde a criança literalmente deseja entrar na história

 
 
E momentos como o desse vídeo, onde se tornam os mediadores...

Sinopse

Animação conta a história de Nina, uma menina que não gostava de ler, mas que, ao se deparar com o rico universo da leitura, descobre uma nova realidade. Nina é uma garota que odeia ler e sempre recusa os livros que ganha dos pais. Certo dia, uma pilha de livros cai por cima dela, as páginas se abrem e todas as personagens são lançadas para fora de suas histórias. Uma grande confusão é instaurada: as personagens estão perdidas e não conseguem voltar para seus livros de origem. A menina percebe então que, para ajudá-las, é necessário ler cada obra. É nesse momento que ela descobre o prazer da leitura.

Duração: 7 minutos

Fonte: TV Escola
O Instituto C&A de Desenvolvimento Social está completando no dia de hoje 20 anos de trabalho na garantia do Direito a Educação de Crianças e Jovens. São 20 anos de apoio a projetos sociais por todo o Brasil e o Pólo de Leitura "Sou de Minas, Uai" também é beneficiado por um de seus projetos: o "Prazer em Ler".
 


Missão

Promover a educação de crianças e adolescentes das comunidades onde a C&A atua, por meio de alianças e do fortalecimento de organizações sociais.





Para saber mais sobre as ações do Instituto visite o site: Instituto C&A 20 Anos

A biblioteca comunitária "Mundo do Saber" recebeu no mês de julho uma doação muito especial e rica, tanto pela qualidade literária, como pelo estado de conservação dos livros. A doação foi realizada pelo Múcio, morador do bairro Colégio Batista, um grande fã de ficção científica, leitor ávido por novidades e proprietário de um acervo particular de encher os olhos. Ao entregar os livros o leitor parabenizou o trabalho realizado pelo GDECOM (Grupo de Desenvolvimento Comunitário) e apontou a organização da instituição, a qualidade do atendimento e seu trabalho com leitura como os pontos fundamentais para que fosse a instituição escolhida para receber os livros.


Recebemos um total de 310 livros, sendo sua maioria de aventura e ficção científica. Em meio ao acervo é possível encontrar mestres como Isaac Asimov, Arthur C. Clarke, e Robert A. Heinlein que foram considerados como os "Três Grandes" escritores de ficção científica. A lista e a qualidade ainda cresce ao citar personalidades como Sidney Sheldon, Robert Ludlum, André Vianco, Douglas Adams e Tolkien (escritor da trilogia "O Senhor dos Anéis"). Deixamos aqui nosso agradecimento ao Múcio por colaborar com o crescimento do acervo da biblioteca comunitária e enriquecimento do projeto de disseminação de leitura.